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Futebol americano prospera na terra dos marechais


O futebol americano, ou esporte da bola oval, como é conhecido por parte dos brasileiros,

ultrapassou as fronteiras e vem ganhando adeptos no mundo todo. A globalização e o

desenvolvimento dos canais de comunicação têm ajudado na difusão do esporte,

principalmente com a transmissão da NFL (National Football League) por partes de canais de

esportes da TV fechada. Em Maceió, não é diferente. Na terra dos marechais, uma equipe tem

superado as dificuldades para representar Alagoas em nível nacional.

O Maceió Marechais, única equipe de futebol americano na capital alagoana, surgiu em

dezembro de 2013 após a junção de três antigas equipes que praticavam o esporte na areia,

pois não havia estrutura suficiente para praticar em campo.

Renato Lobo, dirigente e jogador, explica como se deu o início de tudo. “O futebol americano

surgiu com um ex-atleta chamado Paulo, que colocou no Orkut (antiga rede social virtual)

chamando pessoas para praticar o futebol americano na areia. Na época foram apenas uns

três pra compor o time, mas com isso já deu para começar com o primeiro time, chamado

Crabs. Depois disso, algumas evoluções foram feitas e surgiram mais dois times, um no Vergel

e outro no Trapiche, Black Rats e os Vikings. Por fim, em dezembro de 2011 houve a migração

para o campo, os times de areia eram todos sem força e se uniram para criar o Maceió

Marechais”, explicou.

Após uma estruturação da equipe e, consequentemente, a migração para o campo, deu-se

início ao processo de recrutamento de atletas. O intuito era montar uma base forte para

participar, futuramente, de competições oficiais. Os métodos de escolha dos atletas continua o

mesmo, apesar dos três anos de história do Maceió Marechais. Normalmente são realizadas

seletivas, uma ou duas vezes por ano por meio de convites pessoais ou materiais nas redes

sociais da equipe. A intenção, além de captar jogadores, é difundir o esporte, pois não é

necessário ter uma base para jogar. O objetivo do recrutamento é descobrir a capacidade física

e o rendimento de uma pessoa que queira começar a modalidade. Portanto, não é necessário

ter idade limite ou altura específica, qualquer um pode se inscrever.

Segundo Renato Lobo, apesar de ser um esporte físico, para praticar o futebol americano só é

preciso vontade. “Para ser atleta é preciso muita coisa ainda, como eu digo nós ainda não

somos atletas, somos apenas jogadores. O necessário para ser um jogador é apenas vontade e

ter o desejo. Claro que não é um esporte barato, pois temos nossas responsabilidades e nós

mesmos pagamos nossas contas, então quem entra sofre um pouco mais, com gastos como

equipamento e outros mais”.

Além da vontade de querer praticar é preciso ter comprometimento com a equipe, pois não há

captação de recursos para viagens e compra de materiais. O Maceió Marechais, apesar de

algumas parcerias, não tem apoio ou incentivo de município ou governo.

“Nós somos bancados por nós mesmos, não temos nenhum lucro no que fazemos. Cada

associado tem uma taxa mensal que é paga por mês e algumas taxas extras, conforme vão

surgindo atividades. Não recebemos apoio municipal ou governamental”, explica Renato Lobo.

Outra dificuldade do Maceió Marechais é de manter uma equipe feminina. Não por falta de

intenção, pois houve até uma partida envolvendo mulheres alagoanas no futebol americano,

mas continuar com os treinamentos, principalmente sem grandes recursos, se torna

complicado. Entretanto, isso não impede que mulheres se afastem da equipe.

“A gente já conseguiu uma vez criar um time feminino, inclusive já conseguimos fazer um jogo

com uniforme completo no Tabuleiro, mas o time não conseguiu se firmar e veio a terminar.

Hoje, temos apenas uma menina que treina conosco”, falou Lobo.

Divulgação

Em um país onde a cobertura esportiva é voltada para o futebol, ter espaço nas grandes mídias

ainda é uma necessidade para o futebol americano. Em Maceió, além da falta de grandes

coberturas esportivas, o cenário midiático é praticamente voltado para o esporte mais

popular. É difícil encontrar material sobre o futebol americano em rádios, jornais ou sites

alagoanos, mas, segundo Renato Lobo, isso é um problema, principalmente pelo alto número

de partidas que o Maceió Marechais participa esse ano em competições oficiais.

“Nesse ano pretendemos fechar jogando 11 partidas, e esse número para o futebol americano,

se brincar, é um recorde aqui no Nordeste. Um dos problemas é que muitos de nossos jogos

são fora de Maceió, então, não conseguimos uma divulgação boa. A divulgação das mídias

alagoanas deveria ser nossa principal forma de entrada para novos membros, e possibilidades

de patrocínio”, expôs Lobo.

Futuro com boas expectativas A vontade de continuar com o time apesar das dificuldades financeiras tem rendido bons resultados aos Marechais. Atualmente, disputando a liga de acesso do Campeonato Brasileiro, a equipe tem a possibilidade de participar da Super Liga, na primeira divisão, em 2017. Para isso, a equipe precisa vencer o Arcoverde Templários em Novembro. Daí, Renato espera um futuro cheio de expectativas para o grupo. “Se vencermos o próximo jogo disputaremos a Super Liga, que é como uma 1° divisão, com equipes melhores estruturadas, o que seria excelente para a gente”.


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