top of page

A representatividade do negro na mídia


Luanda e Saviano são castigados por Dionísia (Foto: Felipe Monteiro/Gshow)

Quantas vezes podemos perceber o papel do negro na mídia sem que não seja como de periferia, a mulher tratada como objeto sexual, a empregada, o faxineiro, a esposa do traficante do morro e principalmente o escravo. Essa estereotipação em sua maioria não é percebida pela grande população, pois, é muito mais fácil enaltecer a beleza quando ela é clara e branca.

Em pleno século XXI, onde a sociedade independentemente de cor, raça e crença tem um grande e vasto universo de conhecimento e múltiplas plataformas de acesso a ele, ainda se prendem naquela cultura escravocrata vivida na era da colonização do nosso país. O que de fato não é algo que pode ser normatizado pela sociedade. Mas sim, problematizado.

Raramente especutalirizamos o preto em status de poder ou de vida social estável. Em contrapartida quando isso ocorre, ele o preto, não alcançou sucesso - na maioria das vezes - de forma digna e honesta, provavelmente burlou algum sistema para se dar bem e autopromover-se. Quando não neste sentido, é o chefe do morro ou dono da boca de fumo da comunidade.

TVGlobo / Estevam Avellar

Principalmente em novelas e filmes brasileiros, justamente onde os casos de racismo e agressões acontecem e é tratado de forma natural. É importante ter a presença do negro na televisão, mas, também se é preciso fazer uma reflexão de como esse negro está aparecendo, em quais situações ele está aparecendo. É necessário ressaltar que representatividade importa. É quando o indivíduo oprimido pela sociedade se vê e se sente representado pela mídia ou pela a sociedade em que habita e faz com que ele se sinta parte daquele meio.

Mas em contraponto ao argumento levantado não podemos esquecer que independente do negro estar na mídia, mesmo que ele seja protagonista de uma novela, isso não muda a realidade do negro dentro da sociedade civil. Pois o quadro estrutural do racismo está impregnado na sociedade. Quando a mídia somente mostra um tipo de etnia, não dá a sociedade a oportunidade de conhecer outras culturas, crenças o que impede que estas sejam compreendidas e admiradas.

Sabe-se que a mídia é formadora de opinião e que isso implica de forma bastante direta no cotidiano, na vida da sociedade em geral, principalmente, em crianças e jovens. Crianças negras quando não representadas da forma correta na televisão, vivenciam o preconceito desde muito cedo, sendo alvos certeiros de outras crianças de pele clara ou branca.

O Brasil por ser um país mestiço, suas políticas públicas deveriam representar essa mistificação, principalmente por grande parte dessa população ser oriunda de população de matriz africana. O preconceito existe, isso é um fato. Mas essa realidade pode ser mudada, só é preciso ver o negro como um ser humano normal, não o discriminando pela sua cor, mesmo que a mídia faça isso. Somos todos iguais perante Deus, as leis e os homens.


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page