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Resenha: Macunaíma (1969)


Macunaíma (1969) Foto: Reprodução

O filme Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, é baseado na obra modernista de Mário de Andrade, a qual exibe a evolução na forma como os índios eram apresentados. Antes do modernismo, eles eram vistos de forma romântica (Romantismo), utópica e com a cultura preservada. Com a chegada do novo movimento, que queria mostrar a individualidade cultural do Brasil, a obra retratou os índios de maneira debochada e com características peculiares

do brasileiro, retratando o folclore, lendas, costumes, culinária, plantas e bichos de todas as regiões do país.

O objetivo era criar um aspecto de unidade nacional. Para exemplificar isso, nasceu o personagem “herói” que representaria todos os brasileiros: um preguiçoso, negro, que só começou a falar com seis anos, esperto e safado.

Macunaíma em determinado momento do longa, tornou-se branco através de uma “água encantada” e assim passou a se sentir superior aos demais, o que mostra a valorização ao estilo europeu. Sendo assim, ele foi tentar ganhar a vida em São Paulo, onde apaixonou-se e passou a valorizar o capital. No fim, ele retorna ao mato – onde nasceu, o que representa que o brasileiro é da terra e não da cidade.

Para a época em que foi produzido, o filme possui uma boa qualidade de imagem, entretanto, a narrativa é confusa e para compreendê-la o telespectador tem que entender o que foi o movimento modernista no Brasil. Observo ainda que o brasileiro foi visto de uma forma estereotipada exagerada, não vejo a realidade do Brasil representada totalmente em Macunaíma. O filme trouxe elementos exacerbados. A minha avaliação da trama é 6.

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